MAIS
UM TRISTE ATO DO GOVERNO QUE FRUSTROU OS MOVIMENTOS SOCIAIS
Neste momento insólito,
diria inacreditável, pois tomado de um sentimento de inédita frustração, me
sento para escrever de forma humilde, porém agudamente sentida, a decepção que
eu e todos os que fazemos o Conselho Estadual dos Direitos Humanos do Estado da
Paraíba estamos tomados e violentamente golpeados, com mais um ato de ínfima
excrescência e de enfrentamento sórdido, pequeno, vingativo e de tentativa de
desacreditar os militantes dos Direitos Humanos no Estado da Paraíba, qual
seja, o de nomeação do Advogado Mário Júnior para Ouvidor de Polícia do Estado
da Paraíba, a pedido do próprio nomeado, que almeja ser mais tarde, Corregedor
Geral das Polícias, com desconhecimento da lista encaminhada pelo Conselho
Estadual.
O ato é de retaliação à
independência do CEDHPB, que autônomo na literalidade da palavra, composto de
membros forjados na luta e que não se vergam aos caprichos do Governo ao
exigirem do mesmo apenas o seguinte: UM PROJETO DE GOVERNO DE SEGURANÇA PÚBLICA, UM PROJETO DE
GOVERNO DE RESSOCIALIZAÇÃO; UM PROJETO DE GOVERNO DE SEGURANÇA PARA AS
MULHERES, APURAÇÃO DE AUTORIAS DE CRIMES QUE TEM REPUGNADO A CONSCIÊNCIA MORAL
PARAIBANA, FORNECIMENTO DE REMÉDIOS DE USO CONTINUADO, COMBATE À PERSEGUIÇÃO NO
SEIO POLICIAL E PUNIÇÃO DOS ARDENTES CHEFES
TRUCULENTOS, APURAÇÃO SÉRIA DAS TORTURAS DENUNCIADAS NAS ENTRANHAS DO SISTEMA
PENITENCIÁRIO SOB SUA CHEFIA.
Todavia, a nomeação de
Mário Júnior como ouvidor, vilipendiando a lista tríplice escolhida com apuro
rebuscado pelo CEDHPB, após cinco meses de vacância do cargo, preenchendo o
vácuo da Ouvidoria de Polícia com alguém que lhe suplicou pelo cargo, demonstra de forma
incontroversa, que esse governo se agachou e de cócoras, numa covardia extrema
e abjeta, preferiu premiar brutamontes que prenderam ilegalmente Conselheiros
Estaduais de Direitos Humanos de notória reputação e reconhecida atuação
valorosa, promovendo-os para cargos de mais destaque na sua administração. Esse
governo optou por premiar policiais que atuaram no caso da menina Fernanda
Éllen de forma sofrida e incompetente, somente para desmoralizar membros dos
direitos humanos que discordavam da forma como as investigações eram conduzidas
e cujo episódio teve desfecho doloroso e descoberto graças à própria família.
O governo de quem
esperávamos o choque nos encaminhamentos do respeito á dignidade humana, não “engole”
nossas cobranças para que sejam mostrados os algozes da menina REBECCA, cujo
aparelho policial inábil e incapaz,
permite que um crime de lesa pátria permaneça com seus sicários soltos e livres.
O governo das mudanças não possui nenhum pudor em aceitar como fato o maior dos
vexames, a mais doída das nódoas encasquetadas em governos conservadores e de
direita, persevere com mais força, mais audácia, mais atrevimento em seu
mandato, a chocante, terrível e degradante revista íntima, que sem eleger
suspeitas, submetem crianças de tenra idade, jovens e idosas avançadas nos
anos, despidas, com suas partes íntimas depiladas, pois orientadas adredemente,
se acocorem várias vezes em frente ao um espelho, arreganhe suas partes mais
pudendas, para que agentes penitenciárias constrangidas, possam enxergar os seus interiores, que deviam ser só
seus e assim, diante do massacre moral, realizar com maestria a sua revista
íntima..
Ditatória e intransigente,
o stablishiment estabelecido desmoralizou os instrumentos investigatórios,
nomeia para investigar denúncias de torturas perpetradas nas suas masmorras e
enxovias, pessoas cuja formação é de enfrentamento ao condenado, de ódio
àqueles que se encontram encarcerados e que apesar disto, podem sim ser vítimas
de todos os tipos de sevícias, levando-as a inocentarem desapiedados suspeitos
de torturas de forma antecipada, com prejulgamentos prontos, combinados e acabados,
de maneira que, não acreditamos em suas
comissões de sindicância.
O Conselho Estadual dos
Direitos Humanos não vai se calar e esse ato déspota e tirano, ao contrário de
intimidá-los, despertará em todos o desejo de lutar, de denunciar e com
destemor, apontar as grandes falhas, as grandes culpas, os infames erros de uma
administração que destila ódio e pratica ignomínias inqualificáveis visando o recuo,
a intimidação e acovardamento dos que não se dobram à sua pertinácia , à sua cólera, aversão e antipatia aos que ousam defender os direitos
humanos neste Estado que deve ser plural, sem mandatários e donatários, mas de
todos os paraibanos.
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