segunda-feira, 20 de julho de 2015

A CAIXINHA DO BANDIDO - A PROVA DE UMA SEGURANÇA EM RUÍNAS.


No dia 05 do mês de junho deste ano de 2015, por volta das 12h03, na Rua Rogério Benevides, encravada no Bairro do Cristo Redentor na capital paraibana, foi morto covardemente pelas mãos de foras da lei, o SR. JÚLIO LEITE NETO, um idoso de 78 anos de idade, conhecido no Bairro do Cristo pela bondade contagiante, pela solidariedade que irradiava do seu eu solidário em forma de doação de cestas alimentícias, remédios e tudo que pudesse aliviar o sofrimento dos mais humildes.
Em audiência da qual participei, a filha única de Seu Leite, como era carinhosamente tratado pela família e por toda a comunidade do Cristo Redentor, revelou algo que deixou todos atônitos, ela disse para todos ouvirem, Ministério Público, Magistrada e Advogados presentes, que seu pai já havia sido assaltado dezenas de vezes e precavido com temor da violência que assombra toda a Paraíba e mais ainda, ciente da falta de uma política de segurança pública por parte do Estado, guardava em cima do balcão uma caixa contendo certa quantia em dinheiro, que era sempre entregue aos foras da lei que os assaltavam.
Senhoras e senhores, imaginem, pensem, reflitam este quadro: um comerciante de pequeno porte, exercendo a mercancia num bairro de classe média da capital do seu Estado ser obrigado a ter em cima do seu balcão uma caixa com dinheiro para entregar a meliantes, com medo de morrer! Poderíamos dizer de forma chula: É DOSE! uma porção que deixa sem esperança toda uma população que não se arrisca até mesmo a saí nas ruas da nossa primorosa comuna, sob pena de ser assaltado e morto, aliás, nem precisa percorrer os logradouros públicos, já que na falta de um projeto de segurança pública, a violência agora avança para o interior dos lares, matando de forma desapiedada, como fizeram com Seu Leite, um ancião que já estava prestes a completar os seus oitenta anos de vida.
A CAIXINHA DO BANDIDO é uma prova indelével e agudamente robusta da falência da segurança pública, gerida por pessoa que pode até entender de outras temáticas, mas como gerente de segurança pública detém avaliação zero.  
Até quando comerciantes que pagam salgados tributos e obrigações sociais terão que manter sobre suas mesas e seus guichês uma CAIXINHA DO BANDIDO? Visando de forma desesperada manter-se vivos, mesmo que a violência desalmada e sem controle venha a ceifar suas vidas, na ausência de um projeto de segurança pública, que não é ofertado pelo Estado Paraibano com quem contribuem com seus árduos e arriscados labor.
Mas até quando teremos que ter sobre os guichês das casas comerciais a CAIXINHA DO BANDIDO? Nossa pergunta tem lugar, quando se percebe a cada dia que não existem indícios de que um plano de segurança pública esteja sendo rabiscado, pois, passados mais de quatro anos nada foi feito e as crenças e fantasias que alimentavam as mentes dos mais otimistas se evaporaram e infelizmente, tenho que ecoar: DURANTE MUITO TEMPO AINDA, CIDADÃOS DE BEM TERÃO QUE TER NOS SEUS COMÉRCIOS A FAMIGERADA CAIXINHA DO BANDIDO, a maior prova de uma falência anunciada, de uma segurança arruinada. 
 

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