SEM PROJETOS, É
FALÁCIA DIZER QUE A SEGURANÇA PÚBLICA REDUZ A VIOLÊNCIA
Essa afirmação venho verberando
há quatro anos e ninguém nunca ousou desmenti-la, a de que na Paraíba não
existe um Projeto de Governo de Segurança Pública e por isto mesmo é falaciosa a
afirmação de que o governo reduziu a violência, com o apoucamento dos crimes
letais intencionais e tal afirmação midiática carrega em seu âmago um que tal
de oportunismo premeditado, visando a manipulação de uma opinião pública que de
tanta desilusão tornou-se presa fácil da manietação de alguns altos
representantes da área de segurança pública.
É fato que a falta de um projeto
de governo de segurança pública gera inanição no atuar das polícias, ou seja, é
uma polícia sem estratégias, sem uma atuação que tenha em vista a preocupação
com a tomada de medidas preventivas para evitar o crime, constituindo-se numa
polícia do fato consumado, fonte de notícias para uma imprensa que chamo de carniceira,
sem ética e muitas vezes sem honestidade, pois cegos de conceitos básicos de respeito à dignidade humana,
furiosamente e revestidos de paladinos da moral, inquisitorialmente indiciam, acusam e zombeteiramente criminalizam todos,
tanto a vítima, chamada de drogada e o autor do delito de traficante, condenando
todos a um cruel, implacável e tirânico
veredictum, no qual todos são criminalizados e o detentor das milionárias
verbas e dono da máquina inocentado, quando ele e seus dirigentes são os grandes
criminosos, pois tem tudo para fazer e por falta de capacidade não fazem,
gerando mais e mais vítimas de um sistema sórdido, brutal, desumano e acima de
tudo, descompromissado com os pobres, negros, jovens e mulheres, as maiores
vítimas desse genocídio sem combate. Nenhum dos agressivos membros da imprensa
carniceira arroja fazer uma crítica à falta de políticas para combate à
violência, pois se assim fizer, pode perder a boquinha, já que o dono do
sistema é aliado do chefe maior.
É fato incontroverso também, que tudo que foi
imposto aqui é prática vetusta e já reprovada em outros Estados, a exemplo do
pagamento de serviços, o que incha a folha com resultados zero ou pífios, quando esse
pagamento serviria para incorporação de novos policiais nas instituições policiais,
pois, como pode criar uma Guarda chamada de GMR – Guarda Militar da Reserva com
policiais militares inativos, com oneração da folha, quando novos policiais,
poderia ir renovando o quadro da PM paraibana. Isto não é projeto, é miopia
intelectual, pois não se ter cérebro para captar o prejuízo que isto está
causando é algo que só merece repulsa.
Quanto às propaladas AISP – Áreas
Integradas de Segurança Pública, também só servem para somarem ao colóquio publicitário
dos que integram no governo essa temática, sangrando os cofres com algo que
poderia um bairro com políticas públicas proativas. A AISP mais comentada é a
da Ilha do Bispo, mas tanto nela, quanto nas demais nada funciona, não existem
policiais, assim como é zero a existência de qualquer política de aproximação,
de pacificação ou de interação com a população que deveria ser assistida. No
Alto do Matheus também nada e da mesma forma são as chamadas DISP, que só servem
para fazer parte de um discurso público vazio, que não anima sequer quem o
produz, pois eles mesmos sabem que isto tudo não passa de perfumaria midiática.
Desde a efervescência das
explosões de bancos que tenho receitado: Crie uma lei obrigando os bancos a
recolherem o dinheiro após o expediente e a área de segurança com sua bazófia, empáfia
e imodéstia simplesmente ignorou, mas agora os próprios bancos estão fazendo o
que nós receitamos, da mesma forma falamos dos projetos sociais, notadamente
gastos em massa no esporte e na cultura, mas praticamente quase nada foi feito,
salientando que também propomos a criação dos pelotões e delegacias de fronteira
ou divisas, medidas caras, mas se segurança é prioridade vale á pena e o benefício
valerá o custo.
De modo que reitero de forma
segura, que quando não existem assassinatos nos grandes feriados ou eles acontecem
em pequena quantidade, não é por conta da segurança pública sem ações, mas é um
fenômeno da própria conjuntura do meio societário, que por questões outras
resolveu não delinqüir naquelas oportunidades, mas nunca por conta de qualquer
ação policial. Que com policiais cansados, exaustos e fatigados, dobrando e
redobrando serviços remunerados, demonstram em seus rostos desestímulo, acabrunhamento
e aniquilamento de um sonho com uma instituição que falhou em sua missão
constitucional, inclusive os explorando até sangrar a sua força de trabalho abrindo as suas
veias, como a expor o fracasso do planejamento estratégico inexistente na
instituição que a cada dia se torna mais depauperada do chamado material
humano,como gostam de se referir os chefes militares.
E para concluir, quando não vejo
notícias de dispensa, exoneração da cúpula da segurança, tenho o inóspito
sentimento de que segurança realmente não é prioridade neste Estado e seu
secretário pode balançar numa rede e tocar sanfona, sem se preocupar com os que
tombam mortos como moribundos de uma epidemia sem cura e sem combate, isto todos
os dias nesta Paraíba de cada um por si, pois na avaliação que faço é que eles lavaram as mãos, jogaram a toalha e
fingem que essa mortandade, essa onda de assaltos à mão armada não é com eles e
com propaganda veiculada por veículos de
comunicação pagos a peso de ouro, a Paraíba segue enganada e estrondosamente
violenta e ainda ecoam: JÁ QUE NÃO TEMOS PROJETOS QUE SE DANE ESSE POVO
ATRASADO.
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