segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

SEM PROJETOS, É FALÁCIA DIZER QUE A SEGURANÇA PÚBLICA REDUZ A VIOLÊNCIA


Essa afirmação venho verberando há quatro anos e ninguém nunca ousou desmenti-la, a de que na Paraíba não existe um Projeto de Governo de Segurança Pública e por isto mesmo é falaciosa a afirmação de que o governo reduziu a violência, com o apoucamento dos crimes letais intencionais e tal afirmação midiática carrega em seu âmago um que tal de oportunismo premeditado, visando a manipulação de uma opinião pública que de tanta desilusão tornou-se presa fácil da manietação de alguns altos representantes da área de segurança pública.
É fato que a falta de um projeto de governo de segurança pública gera inanição no atuar das polícias, ou seja, é uma polícia sem estratégias, sem uma atuação que tenha em vista a preocupação com a tomada de medidas preventivas para evitar o crime, constituindo-se numa polícia do fato consumado, fonte de notícias para uma imprensa que chamo de carniceira, sem ética e muitas vezes sem honestidade, pois cegos de conceitos  básicos de respeito à dignidade humana, furiosamente e revestidos de paladinos da moral, inquisitorialmente indiciam,  acusam e zombeteiramente criminalizam todos, tanto a vítima, chamada de drogada e o autor do delito de traficante, condenando todos a um  cruel, implacável e tirânico veredictum, no qual todos são criminalizados e o detentor das milionárias verbas e dono da máquina inocentado, quando ele e seus dirigentes são os grandes criminosos, pois tem tudo para fazer e por falta de capacidade não fazem, gerando mais e mais vítimas de um sistema sórdido, brutal, desumano e acima de tudo, descompromissado com os pobres, negros, jovens e mulheres, as maiores vítimas desse genocídio sem combate. Nenhum dos agressivos membros da imprensa carniceira arroja fazer uma crítica à falta de políticas para combate à violência, pois se assim fizer, pode perder a boquinha, já que o dono do sistema é aliado do chefe maior.
 É fato incontroverso também, que tudo que foi imposto aqui é prática vetusta e já reprovada em outros Estados, a exemplo do pagamento de serviços, o que incha a folha  com resultados zero ou pífios, quando esse pagamento serviria para incorporação de novos policiais nas instituições policiais, pois, como pode criar uma Guarda chamada de GMR – Guarda Militar da Reserva com policiais militares inativos, com oneração da folha, quando novos policiais, poderia ir renovando o quadro da PM paraibana. Isto não é projeto, é miopia intelectual, pois não se ter cérebro para captar o prejuízo que isto está causando é algo que só merece repulsa.
Quanto às propaladas AISP – Áreas Integradas de Segurança Pública, também só servem para somarem ao colóquio publicitário dos que integram no governo essa temática, sangrando os cofres com algo que poderia um bairro com políticas públicas proativas. A AISP mais comentada é a da Ilha do Bispo, mas tanto nela, quanto nas demais nada funciona, não existem policiais, assim como é zero a existência de qualquer política de aproximação, de pacificação ou de interação com a população que deveria ser assistida. No Alto do Matheus também nada e da mesma forma são as chamadas DISP, que só servem para fazer parte de um discurso público vazio, que não anima sequer quem o produz, pois eles mesmos sabem que isto tudo não passa de perfumaria midiática.
Desde a efervescência das explosões de bancos que tenho receitado: Crie uma lei obrigando os bancos a recolherem o dinheiro após o expediente e a área de segurança com sua bazófia, empáfia e imodéstia simplesmente ignorou, mas agora os próprios bancos estão fazendo o que nós receitamos, da mesma forma falamos dos projetos sociais, notadamente gastos em massa no esporte e na cultura, mas praticamente quase nada foi feito, salientando que também propomos a criação dos pelotões e delegacias de fronteira ou divisas, medidas caras, mas se segurança é prioridade vale á pena e o benefício valerá o custo.
De modo que reitero de forma segura, que quando não existem assassinatos nos grandes feriados ou eles acontecem em pequena quantidade, não é por conta da segurança pública sem ações, mas é um fenômeno da própria conjuntura do meio societário, que por questões outras resolveu não delinqüir naquelas oportunidades, mas nunca por conta de qualquer ação policial. Que com policiais cansados, exaustos e fatigados, dobrando e redobrando serviços remunerados, demonstram em seus rostos desestímulo, acabrunhamento e aniquilamento de um sonho com uma instituição que falhou em sua missão constitucional, inclusive os explorando até  sangrar a sua força de trabalho abrindo as suas veias, como a expor o fracasso do planejamento estratégico inexistente na instituição que a cada dia se torna mais depauperada do chamado material humano,como gostam de se referir os chefes militares.

E para concluir, quando não vejo notícias de dispensa, exoneração da cúpula da segurança, tenho o inóspito sentimento de que segurança realmente não é prioridade neste Estado e seu secretário pode balançar numa rede e tocar sanfona, sem se preocupar com os que tombam mortos como moribundos de uma epidemia sem cura e sem combate, isto todos os dias nesta Paraíba de cada um por si, pois na avaliação que faço é que  eles lavaram as mãos, jogaram a toalha e fingem que essa mortandade, essa onda de assaltos à mão armada não é com eles e com  propaganda veiculada por veículos de comunicação pagos a peso de ouro, a Paraíba segue enganada e estrondosamente violenta e ainda ecoam: JÁ QUE NÃO TEMOS PROJETOS QUE SE DANE ESSE POVO ATRASADO.

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