ASSÉDIO
MORAL NA PMPB E NO BMPB
Minhas senhoras e
meus senhores, o assédio moral no trabalho é tão vetusto quanto o próprio
trabalho, ou seja, desde que o homem passou a medir o tempo para submeter seus
semelhantes que colocam os seus braços a serviço do capital.
As polícias
militares e corpos de bombeiros militares, por terem formação militar, baseada
em forte hierarquia e rígida disciplina, é campo fértil para, em nome desses
mandamentos de cunho puramente militaristas, serem praticadas as mais abomináveis
humilhações, degradações, menosprezos, rebaixamentos, por chefes com complexo
de superioridade, os quais, na verdade, são detentores é mesmo do complexo de
inferioridade e portanto, tentam compensar suas fraquezas em subordinados.
O Conselho Estadual
dos Direitos Humanos do Estado da Paraíba – CEDHPB tem recebido diversas
reclamações de policiais militares submetidos ao mais terrível assédio moral, a
exemplo de alguns, que desculpem, mutilados para o serviço, com direito lídimo
a passarem para a inatividade remunerada, por força de uma junta médica
inteiramente militar e sem profissionais especializados em suas doenças, teimam
em manter esses pais de família, em estado de permanente angústia, mencionando
que estão aptos para desenvolverem tarefas secundárias, menores, subalternas, medida
que os deixam mais perturbados, inclusive, devido ao indesculpável assédio,
passam a sentirem como se fossem um ninguém, sem valor, inútil, deprimidos.
Um exemplo claro. A
Junta Médica Militar da PMPB não dispõe de ortopedistas e traumatologistas e
existem policiais com severas seqüelas causadas por acidentes diversos, e,
enquanto os especialistas civis informam que não existem procedimentos cirúrgicos
para correção das conseqüências dos acidentes, seus colegas médicos policiais
militares sem essas especializações, teimam em dizer o contrário, sem nenhum embasamento
científico para tal e sabemos, um deles foi ponderar, apenas dizendo que iria
atrás dos seus direitos e teve uma sindicância instaurada para apurar pretensa desobediência
ou desacato. De forma que essas ocorrências estão se enquadrando na moldura do
assédio moral sim.
Na Corporação
Bombeiro Militar, também existe essa desonra, essa mancha inaceitável em tempos
de pós-modernidade, e acontece com toda uma corporação, essas são as primeiras
informações chegadas ao CEDHPB, que vai investigar o triste episódio, o qual,
possivelmente vem ocorrendo no interior do 2º Batalhão de Bombeiros Militar, na
cidade de Campina Grande, onde a Comandante é casada com um Sargento, que serve
sob o comando da esposa, mas que tomou as rédeas para si e é quem
verdadeiramente comanda, com perversas repetições de atos humilhantes a
colegas, ou seja, o Comandante de Fato é o esposo da Coronela, que apesar de
ser a chefe de direito, permite que o consorte tome o seu lugar e pior, para
perseguir colegas de igual ou inferior graduação. Um Bombeiro Militar já pediu
transferência por conta das sórdidas práticas de assédio e um Inquérito
Policial Militar está sendo construído, com o fito de incriminar o Cabo Sérgio
Rafael, que na qualidade de Presidente da Associação de Cabos e Soldados de
Campina Grande, foi à Unidade de Bombeiros Militar tomar pé das ocorrências,
mas não lhe foi permitido falar com o efetivo e ainda teve assacada contra ele
a acusação de que gritou com a comandante, o cônjuge do Sargento Mandão.
Senhores
comandantes da PMPB e BMPB, lancetem, extirpem essa prática nefanda e execrável
dos seios das suas corporações, punam os praticantes desses atos ominosos,
façam entender que hoje o que temos são servidores públicos militares, independente
de graduação ou patente, o respeito e o acatamento de direitos, deve ser uma
meta em permanente construção e que agir diferente, é prática intolerável, com
afastamento dos transgressores e responsabilização da sua conduta inadequada.
Nós iremos fazer a nossa parte e providências já foram levadas a bom termo.
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