Continua repercutindo a declaração do promotor de Justiça de Bayeux, Marinho Mendes, a respeito do episódio no qual o Soldado Davi foi baleado na perna pelo Capitão Leão, na semana pré-carnavalesca em João Pessoa. Ao citar que o capitão seria integrante de um grupo de extermínio do qual também faria parte o vereador Arnóbio Gomes, de Bayeux, o promotor despertou a indignação do parlamentar. Em nota, ele acusou o representante do Ministério Público de calúnia.
Por causa disso, a advogada Laura Berquó, uma das conselheiras estaduais dos Direitos Humanos, foi às redes sociais para confirmar o que dissera Marinho Mendes e ratificar as acusações contra o vereador de Bayeux. Segundo ela, Arnóbio teria se recusado a ajudar um sobrinho adolescente ameaçado por fazer parte da facção OKD (Okaida - corruptela para Al Qaeda) porque o parlamentar seria representante do grupo rival, os Estados Unidos, em Bayeux.
Confira a íntegra da postagem de Laura Berquó no Facebook:
SOBRE A "DEFESA" DO VEREADOR ARNÓBIO DE BAYEUX
Prezad@s,
No sábado, dia 14.02.2015, quando estive na condição de Conselheira do CEDHPB acompanhada do também Conselheiro Marinho Mendes, no 5º BPM e no Centro de Ensino da PMPB para visitarmos policiais militares e civis presos, com especial atenção voltada ao caso do Soldado Davi, pude ouvir dos policiais militares que nos acompanhavam as confirmações de que o Capitão Leão (agressor e franco-atirador contra o Soldado Davi) integrava grupos de extermínio, não por si, mas por ser do grupo de extermínio integrado pelo Vereador Arnóbio que também é miliciano.
Não foi o contrário e soa estranho que o nome do vereador aparecesse como referência negativa no histórico do referido Capitão. Outrossim, não está muito distante a prisão do Vereador exibida pela chamada mídia sensacionalista em que o mesmo chorava pela vergonha da prisão em virtude de suas atividades ilícitas. Ainda na condição de Conselheira Estadual de Direitos Humanos acompanhei o trabalho do Promotor de Justiça Marinho Mendes quando estávamos junto com Conselheiros Tutelares viajando para colocar a salvo a integridade física e a vida de um menor de 16 anos, sobrinho- neto do Sargento Arnóbio, que apesar de também ter se envolvido com o tráfico de drogas (no caso o menor era dependente também), não conseguiu cair nas graças do parente famoso porque enquanto o menor era da OKD, o Vereador Arnóbio representaria os interesses dos "Estados Unidos" em Bayeux. Foi por isso que o Promotor de Justiça sem declinar do seu múnus de Promotor de Justiça e na condição de homem que não se acovarda diante das situações e não promove calúnias do contrário que foi alegado, se comprometeu a fazer pelo referido sobrinho-neto o que o seu tio-avô não o fez, preferindo deixá-lo a mercê da facção adversária. Quanto ao fato de tanto o Capitão Davi como o Vereador Arnóbio terem sido absolvidos sumariamente das acusações de homicídio sem terem sido sequer pronunciados, foi um erro da Justiça por duas razões óbvias: a primeira que as pessoas envolvidas com tráfico de drogas utilizam-se de menores para liquidarem seus desafetos e no segundo fato da Justiça ter errado em não condenar um Capitão que atira e espanca milicianos da própria Casa e quiçá civis. O fato de Bayeux tê-lo eleito vereador não quer dizer nada, porque inclusive na condição de Conselheiros do CEDHPB temos acompanhado casos de homicídios que envolvem quadrilhas que tem representação familiar na ALPB.
Logo, coloco-me á disposição como testemunha das diversas acusações que foram proferidas contra o Vereador Arnóbio por diversas pessoas e não inventadas pelo Promotor Marinho Mendes, que felizmente por não cair no lugar comum de muitos homens dá voz às diversas situações de violações da dignidade humana na Paraíba, tendo enfrentado a ira de setores da sociedade e de integrantes da própria PMPB que inadvertidamente aceita e reintegra em seus quadros policiais que na verdade continuam prestando desserviço à população.
Cordialmente,
Laura Berquó
Advogada e Militantes de DIREITOS HUMANOS NA PARAÍBA
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