Paraíba não aparece em cadastro nacional de crianças e adolescentes desparecidos
Desde 2012, em acordo firmado entre a Universidade de Granada, na Espanha, e a Secretaria de Segurança, a Paraíba se tornou o primeiro estado brasileiro a usar exames de DNA para identificar crianças e adolescentes desaparecidos.
Mesmo assim, o estado não possui estatísticas do número de desaparecidas. No Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidas aparecem apenas os dados de 17 estados e a Paraíba não está incluída.
O promotor da Infância e Juventude, Herbert Targino, explica que a falta de dados no estado também se dá por falta de contribuição da sociedade. “Muitos dos casos que acontecem no estado não chegam ao conhecimento das instituições responsáveis”, disse.
“Muitos dos jovens desaparecem por conta de envolvimento com drogas, com o tráfico, com a prostituiçã, as famílias não buscam efetivamente fazer as denúncias, fazer o registro policial e isso atrapalha os órgãos a conseguir um levantamento desses números”, continuou.
O promotor explica que muitos desaparecimentos são temporários, muitas vezes por fuga dos jovens, mas que também devem ser registrados. “Se houve desaparecimento, deve ser feito o registro da ocorrência, seja em uma delegacia, no Ministério Público, Conselho Tutelar, Juizado da Infância e Juventude, mas há necessidade da denúncia”.
Da Redação
com G1PB
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