POLÍCIA DO FATO
CONSUMADO
Como Promotor de Justiça e
Conselheiro Estadual dos Direitos Humanos, não suporto mais a malsinada atuação
de uma polícia que cognominei de POLÍCIA
DO FATO CONSUMADO, aquela que chega após o crime, muitas vezes viola o
sítio criminoso, demonstrando um despreparo e às vezes má vontade para com a
missão que desenvolve. Essa polícia é amiga dos fazem a MÍDIA BAGACEIRA e como já sabem das suas perguntas, já possuem
respostas prontas e acabadas, exemplo: MORREU FOI? FOI; FOI DE BALA? FOI, FOI
DROGA: FOI, ELE TINHA ENVOLVIEMNTO COM DROGA; FOI ACERTO DE CONTAS? FOI. Numa
triste demonstração de irresponsabilidade e de um despreparo sorumbático, que
faz calar fundo na alma daqueles que sonham com um estado pacifíco.
W tem mais, após muito estudar e
acompanhar o fenômeno publicizado pelo governo, de que reduziu os crimes
violentos letais intencionais – homicídios, me convenci que quando a mortandade é estancada não é por
obra da polícia não, pois ela é apenas do fato consumado, ela não sabe atacar
as causas do crime e impedir que ele aconteça, é porque os próprios criminosos
latentes dão um tempo, talvez aguardando a melhor oportunidade, só não é obra
das polícias.
Uma Polícia do fato consumado, no
caso a militar, apenas se dirige ao local e o comandante da viatura, cumpre o
melancólico e deprimente ritual de prestar informações à MÍDIA BAGACEIRA, que também é vingativa e preconceituosa,
informações chocantes e criminalizadoras, com essa mídia e essa polícia não tem
boquinha não, todos são culpados, a vítima que morreu, a família e os que mataram
se saem muito bem, mataram uma “alma sebosa” e por conta disto, as autorias
dessas mortes não são apuradas. São centenas delas sem resposta alguma e isto
incentiva os matadores das motos pretas, que estão convencidos de que jamais
serão apanhados pela POLÍCIA DO FTO
CONSUMADO.
A outra polícia, a civil ou
judiciária e não é novidade dizer que esta se divide em duas, a dos delegados
do secretário, que recebem mais de R$ 7.000,00 (sete mil reais) a mais do que
os colegas que não são da casa, com gordas gratificações, mais de um carro lhes
servindo, muitos desses automóveis sem adesivo do Estado e que anunciam com alardes
operações sensacionais, convocam a mídia bagaceira e no final, após a
filtragem, apresentam um revólver velho e algumas pedras de crack, como
aconteceu numa operação anunciada como extraordinária, fora de série no Bairro
de Mandacaru, o que demonstra a necessidade de mudanças também nos escalões
subalternos da Secretaria de Segurança, agora já tratada por alguns, como da
INSEGURANÇA, a qual contou até com helicóptero.mas aos olhos do chefe,
justifica os privilégios, de forma, que as duas polícias judiciárias desestruturadas,
com 33 delegacias fechadas e reduzido número de policiais, apenas baixam uma
portaria instaurando o inquérito e pronto. Nenhuma investigação, nenhuma mesmo,
nenhum agente vai ao local do crime, nenhum policial procura saber as razões
daquele assassinato, em algumas situações, o matador tá bem ali, no local do
delito, pois aposta que ninguém do povo que presenciou a cena macabra o
indicará e que a polícia investigativa, não o aborrecerá, ninguém será chamado
para depor e assim a violência vai aumentando.
Essas polícias são comandadas por
homens que em quatro anos foram incapazes de gestar um projeto de governo de
segurança pública, não um projeto de polícia puro e simples, mas um projeto
dialogado com as demais secretarias e com o povo, onde um projeto “guarda chuva”
abrigaria dezenas de outros, que somados, atacariam a miséria, a exclusão
social, a vulnerabilidade de jovens em núcleos residenciais sujeitos à droga,
oferecendo primeiro emprego, cursos para as mulheres, fornecimento de
faculdades, enfim, fechando até mesmo os terrenos baldios dessas zonas
violentas e aí sim, teríamos o que apresentar de verdade, todavia, o homem que
faria isto, seria um homem simples, com liderança, que pudesse ir aos bairros e
de forma honesta, sem realizar o discurso de que tudo está perfeito, mas esses
homens não apareceram e nem fizeram acontecer, deixando o governo numa situação
complicada frente à opinião pública.
Não entendemos nunca e cremos que
nenhum cidadão entenderá, como um Governador aceita em seu governo alguém que
sugere fechar 33 delegacias, esse é inimigo declarado da governabilidade, é
cristalino o desejo de colocar o governo em “saia justa”, alguém que baixa uma
portaria dizendo que tais e tais delegacias só podem instaurar procedimento
policial para apurar crimes contra o patrimônio que estejam acima da casa dos
R$ 20.000,00 (vinte mil reais), de forma governador, que sem a exoneração
dessas pessoas que só acabam com o seu governo, permaneceremos tendo a POLÍCIA DO FATO CONSUMADO, sem falar
num secretário que indica torturadores notórios para o senhor nomear em cargos
de confiança. Abra o olho, eles querem afundar o seu governo, nem um inimigo de
sangue comete atrocidades como essas contra um governo onde serve e possui
polpudas gratificações e privilégios de cargos de 1º escalão. Se o senhor vier
a deixar o cargo, sabe o que eles vão fazer? Vão dar gargalhadas do senhor.
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