segunda-feira, 8 de setembro de 2014

PRESIDENTE DUTRA, ISTO, AQUILO O OUTRO

Histórias da Querida Dutra

O guarda de trânsito e Osmar de Miguel


Certa feita, na cidade de Irecê, bem pertinho da nossa querida e inigualável Presidente Dutra, OSMAR DE MIGUEL com visíveis sinais de embriaguez alcoólica, foi parado por afoito e arrogante guarda de trânsito, um Cabo da Briosa PM Baiana, natural da cidade de Campo Formoso, mas sem muitas letras, semi-analfabeto, mas recheado de orgulho em muita soberba.
Aí ele montou em OSMAR DE MIGUEL, que de tão “melado” não abria nem os olhos e cuspia entre os dentes, que a tudo ouviu impassível e após o desconcertante esculacho, na maior cara de pau, falou: “Seu Sargento, sei que o senhor é inteligente e sabe todas as leis de trânsito, mas se este tabaréu lhe fizer uma pergunta sobre trânsito e o senhor não responder, o senhor Sargento deixa eu ir embora?”, ao que o nosso atrevido Cabo respondeu: “Pode perguntar, quem é você para querer saber mais do que eu?” e OSMAR DE MIGUEL na sua invejável loucura criativa sapecou: “Seu Guarda, quando é que no trânsito o verde indica perigo?”, colocando o Cabo Casca Grossa numa enrascada, pois já havia umas trinta pessoas observando a cena. O Cabo tirou o quepe, alisou os cabelos, cofiou o bigode, olhou para todos e disse que a pergunta não existia nas leis de trânsito, uma vez que o verde jamais indicaria perigo, sendo apoiado por alguns medíocres e falidos dourados que torciam contra o Doido da Lagoa e até incentivavam o Cabão analfabeto a açoitar OSMAR, que senhor de si, disse a plenos pulmões: “SEU GUARDA, É QUANDO NUMA CURVA SE COLOCA GALHOS NA ESTRADA PARA AVISAR QUE NA FRENTE EXISTE UM CARRO QUEBRADO E CAIU NA RISADA e de dentro da boléia, acelerou a pick-up velha em demanda das terras presidentinas.deixando as pessoas troçando do garboso Cabo semi-analfabeto de Campo Formoso, o Campo Formoso perto de Juazeiro, onde IVETE Sangalo possui uma bela Fazenda.

O meu bisavô Berto na feira de Jeremoabo


O meu Bisavô Berto era um comerciante, tipo assim, um caixeiro viajante das antigas. Suas mercadorias eram rapaduras, carne de suíno salgada, com muito sal mesmo, naquele tempo não havia geladeiras e para que a carne não se estragasse se usava sol, para mantê-las íntegras. Meu Bisavô viajava para freguesias distantes, como é o caso de Jeremoabo, que fica a 74 km da cidade de Paulo Afonso e a 326 de Salvador. Jeremoabo era tão grande que pertenciam ao seu território as cidades de Tucano, Monte Santo, Cícero Dantas, Ribeira do Pombal e Santo Antonio da Glória, mas mesmo assim, ainda com 4.624,1 Mk2, quase um país e imagine naqueles vetustos tempos, pense num total atraso, já que esse território hoje conta apenas com 37.000 habitante, 8,1 por km2.
A profissão do meu Bisavô Berto era chamada de tropeiro, já que toda mercadoria era conduzida em lombos de burros, que muitos formavam uma tropa, mas pejorativamente as pessoas das cidades chamavam de bruaqueiros, homens rústicos, sem formação alguma, respeitosos e honestos ao máximo porém assaz valentes e destemidos.
Pois bem, lá na feira de Jeremoabo existia um fora da lei muito temido em toda a Bahia, chamava-se “Antonio Seu Nego”, o qual, nos dias de feira saía de banca e banca, escolhia a melhor carne e a melhor rapadura, mandava o tropeiro pesar a carne e encher um bornal de rapadura e ia embora sem pagar, sem que ninguém tivesse coragem de cobrar pela mercadoria, já que “Antonio Seu Nego” andava com duas garruchas calibre 380 e um punhal afiado com cabo de ouro e com pedrinhas de esmeralda cravadas nele.
Até que um dia, “Antonio Seu Nego” bateu na banca do meu Bisavô Berto e escolheu cinco quilos da melhor parte de porco baé, matado e bem tratado aí no cercado de Berto, dava água na boca só de olhar a carne gorda e sadia, ao mesmo tempo “Antonio Seu Nego” encheu um bornal de palha, com 10 deliciosas rapaduras produzidas no Curralinho, amarelinhas, parecidas com os melhores chocolates de Ilhéus e foi saindo devargazinho e bem pesado com as mercadorias do meu Bisavô Berto que saltou sobre Antonio Seu, botou o mesmo no solo e rápido como um raio o desarmou, meteu as mãos nos seus bolsos, vasculhou a carteira e retirou o legítimo e justo pagamento pelas mercadorias, a cujos fornecedores teria que pagá-las na Lagoa.
Após, saiu de cima d “Antonio Seu Nego”, enquanto toda a feira gritava satisfeita e em uníssono: ANTONIO SEU NEGO, PEGOU BARRIGA DE UM BRUAQUEIRO! ANTONIO SEU NEGO, PEGOU BARRIGA DE UM BRUAQUEIRO ANTONIOS EU NEGO. E o certo é que nunca mais, Antonio Seu Nego pisou na feira de Jeremoabo, enquanto Berto, ficou querido de todos, pois todos agradeciam a o seu feito.

Meu bisavô Berto e seus costumes noturnos
 
O meu Bisavô Berto, era mesmo um verdadeiro caboclo, descendente legítimo da tribo Payayazes, uma tribo que habitava de jacobina ao Vale do Paraguaçu e por isto mesmo cultivava costumes próprios dos nossos antepassados.
Contava meu pai, que ele gostava de sair de casa nas noites de calor, pegar um couro de boi e ir dormir na caatinga fechada.
Diz meu pai, que certo dia, ao chegar na caatinga e sendo noite escura de se meter dedo no olho, ele estirou o seu couro de boi e deitou sobre o mesmo, contudo, sentiu que algo estranho embaixo do couro mas não se levantou, começou a rebolar em cima de um Aldo para o outro e ao amanhecer e dobrar o couro, havia embaixo do mesmo uma grande cascavel já morta e em rigidez cadavérica.
Pois é, meu povo é assim, destemido, bom, cheio de histórias e cativante, pois dotado de uma humildade tão tocante, que encanta e apaixona os que chegam na Dutra e não voltam mais, passam a integrar e ser da família presidentina, pois a maioria casa logo com uma linda moça do lugar.

MEUS ABRAÇOS DE HOJE VÃO PARA:


Sizão, Zé Capanga, Juri, Pedro de jaci, Jaci, Domingos, Marizete e Marizônia de Odetina, João de Jaime, Laércio de Adelino, Laércio de Mirão, Dr. Ivan Machado, o Policial Federal Moacir de Antonio Caroba, Dr. Hoel, Neco, Aurelino e Neião de Oripim, Rubens de Litercílio, Simeão de Bilola, Sidney de Edson, Oscar de Zé pequeno e Iranete minha prima, Valmir e Ivan de Nazió, Pedro, Miro e Zé de Lázaro, Gileno e Pedro de Gileno, Gringo de Maria de juá, Manoel, Biinha, Maria e Elvira de Júlia Caroteira, Ninha, Governo, Adão, Zé de Tionila e todos dos Bernaldo, Areia, Nereu, Raimundo e Eurico de Raul, Lélio, Aguiar e Ernandes de Joaquim Preto, Inan, Mucunan e Tila Velha de João Velho, Helenívio, Muquiado e Nenen, inesquecíveis arqueiros presidentino, Raulão e João de Grigorão, Didi de Colinha e todos os meus amados conterrâneos.   



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