PRESIDENTE DUTRA,
ISTO, AQUILO O OUTRO
Histórias da Querida
Dutra
O guarda de trânsito
e Osmar de Miguel
Certa feita, na cidade de Irecê,
bem pertinho da nossa querida e inigualável Presidente Dutra, OSMAR DE MIGUEL com visíveis sinais de
embriaguez alcoólica, foi parado por afoito e arrogante guarda de trânsito, um
Cabo da Briosa PM Baiana, natural da cidade de Campo Formoso, mas sem muitas
letras, semi-analfabeto, mas recheado de orgulho em muita soberba.
Aí ele montou em OSMAR DE MIGUEL, que de tão “melado” não
abria nem os olhos e cuspia entre os dentes, que a tudo ouviu impassível e após
o desconcertante esculacho, na maior cara de pau, falou: “Seu Sargento, sei que o senhor é inteligente e sabe todas as leis de
trânsito, mas se este tabaréu lhe fizer uma pergunta sobre trânsito e o senhor
não responder, o senhor Sargento deixa eu ir embora?”, ao que o nosso
atrevido Cabo respondeu: “Pode
perguntar, quem é você para querer saber mais do que eu?” e OSMAR DE MIGUEL na sua invejável
loucura criativa sapecou: “Seu Guarda,
quando é que no trânsito o verde indica perigo?”, colocando o Cabo Casca
Grossa numa enrascada, pois já havia umas trinta pessoas observando a cena. O
Cabo tirou o quepe, alisou os cabelos, cofiou o bigode, olhou para todos e
disse que a pergunta não existia nas leis de trânsito, uma vez que o verde
jamais indicaria perigo, sendo apoiado por alguns medíocres e falidos dourados
que torciam contra o Doido da Lagoa e até incentivavam o Cabão analfabeto a
açoitar OSMAR, que senhor de si, disse a plenos pulmões: “SEU GUARDA, É QUANDO NUMA CURVA SE COLOCA GALHOS NA ESTRADA PARA AVISAR QUE NA FRENTE EXISTE
UM CARRO QUEBRADO E CAIU NA RISADA e de dentro da boléia, acelerou a pick-up
velha em demanda das terras presidentinas.deixando as pessoas troçando do
garboso Cabo semi-analfabeto de Campo Formoso, o Campo Formoso perto de
Juazeiro, onde IVETE Sangalo possui uma bela Fazenda.
O meu bisavô Berto na feira de Jeremoabo
O meu Bisavô Berto era um
comerciante, tipo assim, um caixeiro viajante das antigas. Suas mercadorias
eram rapaduras, carne de suíno salgada, com muito sal mesmo, naquele tempo não havia
geladeiras e para que a carne não se estragasse se usava sol, para mantê-las
íntegras. Meu Bisavô viajava para freguesias distantes, como é o caso de Jeremoabo,
que fica a 74 km da cidade de Paulo Afonso e a 326 de Salvador. Jeremoabo era
tão grande que pertenciam ao seu território as cidades de Tucano, Monte Santo,
Cícero Dantas, Ribeira do Pombal e Santo Antonio da Glória, mas mesmo assim,
ainda com 4.624,1 Mk2, quase um país e imagine naqueles vetustos tempos, pense
num total atraso, já que esse território hoje conta apenas com 37.000
habitante, 8,1 por km2.
A profissão do meu Bisavô Berto
era chamada de tropeiro, já que toda mercadoria era conduzida em lombos de
burros, que muitos formavam uma tropa, mas pejorativamente as pessoas das
cidades chamavam de bruaqueiros, homens rústicos, sem formação alguma,
respeitosos e honestos ao máximo porém assaz valentes e destemidos.
Pois bem, lá na feira de
Jeremoabo existia um fora da lei muito temido em toda a Bahia, chamava-se “Antonio
Seu Nego”, o qual, nos dias de feira saía de banca e banca, escolhia a melhor carne
e a melhor rapadura, mandava o tropeiro pesar a carne e encher um bornal de
rapadura e ia embora sem pagar, sem que ninguém tivesse coragem de cobrar pela
mercadoria, já que “Antonio Seu Nego” andava com duas garruchas calibre 380 e
um punhal afiado com cabo de ouro e com pedrinhas de esmeralda cravadas nele.
Até que um dia, “Antonio Seu Nego”
bateu na banca do meu Bisavô Berto e escolheu cinco quilos da melhor parte de
porco baé, matado e bem tratado aí no cercado de Berto, dava água na boca só de
olhar a carne gorda e sadia, ao mesmo tempo “Antonio Seu Nego” encheu um bornal
de palha, com 10 deliciosas rapaduras produzidas no Curralinho, amarelinhas,
parecidas com os melhores chocolates de Ilhéus e foi saindo devargazinho e bem pesado
com as mercadorias do meu Bisavô Berto que saltou sobre Antonio Seu, botou o
mesmo no solo e rápido como um raio o desarmou, meteu as mãos nos seus bolsos,
vasculhou a carteira e retirou o legítimo e justo pagamento pelas mercadorias,
a cujos fornecedores teria que pagá-las na Lagoa.
Após, saiu de cima d “Antonio Seu
Nego”, enquanto toda a feira gritava satisfeita e em uníssono: ANTONIO SEU NEGO, PEGOU BARRIGA DE UM
BRUAQUEIRO! ANTONIO SEU NEGO, PEGOU BARRIGA DE UM BRUAQUEIRO ANTONIOS EU NEGO.
E o certo é que nunca mais, Antonio Seu Nego pisou na feira de Jeremoabo,
enquanto Berto, ficou querido de todos, pois todos agradeciam a o seu feito.
Meu bisavô Berto e seus costumes noturnos
O meu Bisavô Berto, era mesmo um
verdadeiro caboclo, descendente legítimo da tribo Payayazes, uma tribo que habitava de jacobina ao Vale do Paraguaçu
e por isto mesmo cultivava costumes próprios dos nossos antepassados.
Contava meu pai, que ele gostava de sair de casa nas noites de calor,
pegar um couro de boi e ir dormir na caatinga fechada.
Diz meu pai, que certo dia, ao chegar na caatinga e sendo noite escura
de se meter dedo no olho, ele estirou o seu couro de boi e deitou sobre o mesmo,
contudo, sentiu que algo estranho embaixo do couro mas não se levantou, começou
a rebolar em cima de um Aldo para o outro e ao amanhecer e dobrar o couro,
havia embaixo do mesmo uma grande cascavel já morta e em rigidez cadavérica.
Pois é, meu povo é assim, destemido, bom, cheio de histórias e
cativante, pois dotado de uma humildade tão tocante, que encanta e apaixona os que
chegam na Dutra e não voltam mais, passam a integrar e ser da família
presidentina, pois a maioria casa logo com uma linda moça do lugar.
MEUS ABRAÇOS DE HOJE VÃO PARA:
Sizão, Zé Capanga, Juri, Pedro de jaci, Jaci, Domingos, Marizete e Marizônia
de Odetina, João de Jaime, Laércio de Adelino, Laércio de Mirão, Dr. Ivan
Machado, o Policial Federal Moacir de Antonio Caroba, Dr. Hoel, Neco, Aurelino
e Neião de Oripim, Rubens de Litercílio, Simeão de Bilola, Sidney de Edson, Oscar
de Zé pequeno e Iranete minha prima, Valmir e Ivan de Nazió, Pedro, Miro e Zé
de Lázaro, Gileno e Pedro de Gileno, Gringo de Maria de juá, Manoel, Biinha, Maria
e Elvira de Júlia Caroteira, Ninha, Governo, Adão, Zé de Tionila e todos dos Bernaldo,
Areia, Nereu, Raimundo e Eurico de Raul, Lélio, Aguiar e Ernandes de Joaquim
Preto, Inan, Mucunan e Tila Velha de João Velho, Helenívio, Muquiado e Nenen,
inesquecíveis arqueiros presidentino, Raulão e João de Grigorão, Didi de
Colinha e todos os meus amados conterrâneos.
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