domingo, 31 de agosto de 2014

SE TIVER QUE MORRER, ESTOU DISPOSTO!

                                               Estive pensando, refletindo e encontrei a resposta, se for para viver de forma omissa e covarde, que Deus retire de mim a missão a mim depositada: Lutar por uma sociedade mais justa e pelos exilados da cidadania, mesmo que algum crítico perfeito venha a tecer as mais virulentas agressões verbais
                                               E por isto, por entender que faço muito pouco, decidi: Todas as semanas, na qualidade e nas funções de Conselheiro Estadual dos Direitos Humanos, estarei passando o dia dentro de um dos ergástulos públicos da nossa capital, me arriscando a agressões verbais e até físicas, destiladas por pessoas , pois sei, que esse simples gesto, inibirá a prática mais covarde, mais hedionda, mais deformada e repulsiva ainda existente dentro das nossas perversas enxovias paraibanas,
                                               Minhas afirmações são calcadas sobre rochosas comprovações, por exemplo: Conselheiros Estaduais dos Direitos Humanos foram abusivamente presos num presídio da capital e seus algozes promovidos de função pelo governo “republicano”, talvez o pior em termos de proteção aos direitos humanos , os quais foram cerceados da sua liberdade mediante medonhas falácias, enquanto agora, há 15 dias, o Agente Alberto França de forma sórdida e sádica, raspou a cabeça dos presos do Presídio Regional de Guarabira (contra a vontade de todos eles), no medieval Presídio Velho, mas antes disto, já havia retirado seis presos da cela de igual número, raspado metade da cabeça deles e obrigado esses segregados a cantarem o hino nacional, ao mesmo tempo em que se agrediam, de forma que corro o risco de ser acusado de defensor de bandidos, mas ofertarei a minha vida, para que essa vergonha, para que pessoas encasteladas dentro do Sistema penitenciário e que precisam de tratamento psicológico e psiquiátricos não manchem a nossa querida e intrépida Paraíba, com a mais das terríveis nódoas: o desrespeito à nossa Constituição Federal que considera tal procedimento ofensa à dignidade da pessoa humana.
                                               O pior de tudo, é que em contato com o Diretor daquela desumana unidade de internação de seres humanos, o arrogante e sumamente vaidoso diretor, bradou que ele sim, é o verdadeiro defensor da dignidade da pessoa humana, pois leva membros da população carcerária a dentistas e a consultas médicas, como se fosse um caridoso favor, mas mesmo não existindo uma lei ou mesmo uma recomendação superior, vai sim, permanecer raspando a cabeça dos segregados da sua unidade, numa demonstração inconteste de abuso de autoridade e de tremenda desobediência às leis vigentes, o que urge imediatas e severas providências.
                                               Para tanto, na próxima quarta feira, em regime de urgência urgentíssima, o Conselho Estadual dos Direitos Humanos do Estado da Paraíba, agendou audiência com a magistrada e o representante do Ministério Público da Comarca, já que de forma explicita, o Diretor Belota expressou que o representante do Ministério Público titular da Promotoria das execuções Penais, vai apoiar a sua infeliz iniciativa e tudo para discutir o intolerável abuso e prática ilegal, pois são iniciativas de profissionais com formação acadêmica e que sabem o que estão fazendo, a exemplo do Diretor da Unidade, Agente Belota, que é o mais resistente á obediência legal, mas pela sua fala, pessoa com graduação em curso superior.
                                               Da mesma forma, irei dar plantão um dia por semana em algum presídio da capital, até que princípios humanistas passem a ser adotados e praticados pelos servidores do sistema, equivocadamente formados como policiais militares e terrivelmente orientados por um secretário que não sabe o que significa humanismo, ressocialização e respeito á dignidade humana.

                                               Assim, se tiver que morrer, me ofereço em sacrifício, mas SR. Governador, como a responsabilidade final é do senhor, até mesmo por não saber escolher alguém que detenha planos e projetos de humanização para servidores e ressocialização para a população carcerária, estou disposto: que me matem, mas as aberrações permanecerão sendo denunciadas.

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