CEDHPB NA IMPRENSA
JORNALISTA RUBENS NÓBREGA AGRADECE SOLIDARIEDADES EMITIDAS PELO
CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS HUMANOS E COMITÊ DE PREVENÇÃO E COMBATE ÀS
TORTURA
Todos esperam por Cássio
Todos esperam por Cássio Faço o maior esforço do mundo para acompanhar
a inteligência ou a esperteza dos nossos expoentes políticos, mas, confesso,
não consigo. Eis a razão de raramente me atrever na análise política. Para
compreender melhor o jogo político na Paraíba, por exemplo, socorro-me de
colegas mais qualificados para opinar sobre o assunto. Flávio Lúcio Vieira, por
exemplo. Pois bem, não tivesse ouvido ontem o comentário do Professor Flávio
Lúcio no Cotidiano da CBN João Pessoa, comandando pelo competentíssimo Bruno
Filho, jamais teria me apercebido da retranca com que o senador Cássio Cunha
Lima segura as investidas dos pretensos aliados e de potenciais adversários na
disputa que vai se travar em 2014 pela taça do poder. Pelo que entendi da fala
do meu analista político de cabeceira, de Ricardo a Veneziano, de Zé de
Cajazeiras a Maria do Seixas, todos vivem na expectativa de uma definição da
candidatura de Cássio. Sabendo disso, o senador faz suspense e com isso mantém
em suspenso a própria definição de rumos tanto de oposicionistas como de
governistas. Não importa se o faz por estratégia ou insegurança quanto à sua
condição jurídica para se candidatar a governador, ainda por conta daquela
lesão antiga, de 2009, da qual não teria se recuperado até hoje. Mas,
favoritíssimo ao título, o fato é que a dúvida sobre se o senador vai jogar ou
não imobiliza todo mundo que já está em campo. Simples: os imobilizados sabem
que a final desse campeonato só começa quando Cássio confirmar sua escalação ou
avisar que vai ficar de fora. O que ninguém sabe é se ele, não jogando, sobe
para assistir de camarote ou desce à arquibancada para comandar a torcida.
Nesse caso, restaria uma dúvida e caberia uma pergunta: torcida de qual time
mesmo, Senador? Faça isso não, Sanny A Doutora Sanny Japiassu pediu desfiliação
do PMDB para mostrar que a sua atuação à frente da Associação dos Procuradores
do Estado da Paraíba (Aspas) tem nada a ver com a sua militância partidária, da
qual se mantinha efetivamente afastada desde quando assumiu e até antes mesmo
de assumir a Presidência da entidade. Sanny fez isso também, suponho, para
provar que não está a serviço de um partido quando se mantém firme na defesa da
legalidade e das prerrogativas de seus colegas. Pagou o preço, enfim, para
ninguém duvidar de que a sua exposição atual não lhe serve como trampolim de
candidatura a qualquer cargo em 2014. Com todo respeito, Sanny fez exatamente o
que queriam uns poucos que procuram desqualificar o seu trabalho, tentando
fazer o público acreditar que são menores os propósitos da Presidente da Aspas,
que para se promover e aparecer estaria utilizando a entidade e o embate entre
governo e procuradores de carreira do Estado. Lamentável Paraíba essa de agora,
em que um quadro como Sanny abre mão de um direito (filiação a um partido) e de
uma aspiração legítima (a candidatura que sequer estava nos seus planos) para
se render às provocações do mau-caratismo e do servilismo a soldo de um governo
ruim que parece ter prazer em se impor pelo mal que faz.
Solidariedade é tudo
Registro meu especial agradecimento ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais
da Paraíba, na pessoa do seu Presidente, Rafael Freire, pela solidariedade
expressa a este colunista e aos colegas Cláudia Carvalho, do portal
ParlamentoPB, Marcos Oliveira e Jozivan Antero, do Patos online. Mediante nota
publicada ontem neste Jornal, o Sindjor aderiu à corrente de repúdio aos que
fazem de ações judiciais uma arma contra a liberdade de expressão e o direito
de opinião de quem faz jornalismo comprometido tão somente com a verdade e o
respeito à inteligência do leitor. Agradeço ainda o espaço que o assunto
recebeu anteontem no Hora do Rush, da rádio Sanhauá de Bayeux, particularmente
o que nele disseram o destemido Maurílio Batista e seus companheiros de
programa acerca do meu trabalho e dos processos em série que me move o Senhor
Governador do Estado. Gratificado e honrado fiquei também pelas matérias
editadas pelo jornalista Carlos Magno em seu portal, reproduzindo coluna minha
sobre a questão e a manifestação do Conselho Estadual dos Direitos Humanos,
divulgada através de nota do CEDH-PB publicada neste Jornal na edição da última
quarta-feira (9).
Solidariedade do CPCT
“Fechando com chave de ouro”, como
dizem lá em Bananeiras, externo minha mais comovida gratidão também ao Comitê
de Prevenção e Combate à Tortura da Paraíba (CPCT-PB), que anteontem aprovou
por unanimidade nota na qual reconhece que mover ações judiciais é direito de
qualquer um, mas “mover barragens de ações de danos morais ou mesmo com o
objeto de censura contra jornalistas tem sido uma estratégia cada vez mais
adotada por políticos sequiosos do silêncio, confiantes de que o ônus da defesa
lançado contra o alvo irá fazê-lo calar”. A propósito de tal observação,
garanto que o autor dos ataques e achaques sabe muito bem que não vai me calar.
Sabe mais ainda que o seu alvo, como diria o poeta, por nada neste mundo
deixará de manter “a mente esperta, a espinha ereta e o coração tranquilo”.
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