Júri popular condena mandante do assassinato do defensor de direitos humanos Dezinho
O fazendeiro Décio José Barroso Nunes foi condenado por júri popular no final da noite desta terça-feira (21), em Belém (PA), a 12 anos de prisão, acusado de ser o mandante do assassinato do sindicalista e defensor de Direitos Humanos, José Dutra da Costa, o Dezinho, em novembro de 2000. ASecretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) acompanha os desdobramentos do caso há algum tempo, inclusive presenciou o julgamento.
Em sua atividade sindical na década de 90, Dezinho apoiou várias ocupações de famílias sem terra em fazendas próximas às fazendas de Delsão, denunciou a prática de trabalho escravo em suas fazendas e a apropriação ilegal de terras públicas por parte do fazendeiro e madeireiro. A esposa do defensor, Maria Joel Dias, conhecida como Joelma, continua o trabalho de Dezinho, atuando na luta do marido em favor dos trabalhadores rurais. Joelma sofre diversas ameaças em função de sua atuação, e está sob a proteção do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos da SDH/PR.
O caso ganhou repercussão internacional quando o Brasil firmou acordo de solução amistosa com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos para que medidas sejam tomadas em relação ao crime contra Dézinho, entre elas uma indenização pela morte do agricultor.
A defesa de Décio decidiu recorrer da sentença, e o réu aguarda em liberdade até o julgamento de todas as instâncias.
Assessoria de Comunicação Social
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