CORREGEDOR DA POLÍCIA MILITAR , EX-CHEFE DA CASA MILITAR DO GOVERNO MARANHÃO, COMANDA TROPA DE CHOQUE PARA INVIABILIZAR APROVAÇÃO DE PROJETO DE CORREGEDORIA ÚNICA ENVIADO PELO GOVERNO.
O Governador Ricardo
Coutinho (PSB) resolveu encaminhar a Assembléia Legislativa do Estado da
Paraíba projeto de lei que cria a Corregedoria Única das Polícias Militar e
Civil, ou seja, A Corregedoria da Secretaria de Segurança e Defesa Social,
todavia, dito projeto encontra a mais obstinada resistência comandada pelo
Coronel Jarlon Cabral Fagundes, ficando isto bem patente, quando da realização
da Audiência Pública realizada dia 31 de outubro de 2012 na ALPB, onde os
militares oposicionistas exteriorizaram de forma apaixonada, emocional e
altamente corporativista suas ferrenhas e ácidas críticas ao projeto de lei,
defendendo com ardor que os poderes do Comandante Geral permaneçam intocáveis.
Acompanharam as críticas de Jarlon os Coronéis Ilton Guimarães,
Francisco e Maquir (inativos), enquanto que os representantes dos Cabos e
Soldados fizeram críticas tão somente em terem ficado de fora do projeto, sendo
que da ativa, apenas o Corregedor do Corpo de Bombeiros e outro Coronel não
identificado, apoiaram Jarlon.
O mais interessante nisto tudo, é que Jarlon foi defender tão somente os
poderes do Comandante Geral da PM, sendo ambos ocupantes de cargos de
confiança, enquanto Conselheiros dos Direitos Humanos que nada percebem de
remuneração, estavam presentes, articulados e bem engajados em defesa do projeto que vem atender os
reclamos de uma sociedade que necessita de respeito e que suas denúncias contra
policiais com desvios sejam devidamente recepcionadas por um órgão independente,
o que não ocorre hoje com o modelo de corregedoria que temos na PM.
O governo na oportunidade
estava representado por tímido representante da Secretaria de Segurança
Pública, que após falar de forma resumida e pouco esclarecedora sobre o
projeto, se calou aos brados apaixonados dos coronéis, sendo obrigado ocorrer a
atuação enérgica e corajosa dos Membros do Conselho Estadual dos Direitos
Humanos que defendem o projeto, com pequenos ajustes.
O governo precisa se
posicionar sobre os seus ocupantes de cargo de confiança irem à ALPB
desqualificar o projeto e a sociedade não pode se furtar a esse acontecimento,
que se aprovado sem as 22 alterações propostas pela PM, significará avanço para
todos nós, inclusive para a PM que se livrará dos maus policiais.
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