segunda-feira, 24 de dezembro de 2012


Multidão espanca até a morte homem acusado de blasfêmia


Brutalidade: Multidão espanca até a morte homem acusado de blasfêmia
Mesquita no Paquistão - homem foi encontrado dormindo em mesquita com exemplar queimado (Faisal Mahmood/Reuters)
Uma multidão espancou até a morte no sábado (22), no sul do Paquistão, um homem que teria incinerado exemplares do Corão, o livro sagrado do islamismo. O grupo retirou o homem de uma delegacia da cidade de Seeta, na província de Sindh, onde ele estava preso acusado de blasfêmia. Em seguida, a multidão ateou fogo no corpo em frente ao local.

Segundo o imã de Seeta, Usman Memon, a vítima havia dormido uma noite na mesquita do povoado, onde os fiéis encontraram no dia seguinte exemplares queimados do Corão. "Como ele foi a única pessoa que havia dormido na mesquita, levamos o homem à delegacia", explicou Memon.

Segundo o chefe de polícia da região, Usman Ghani, o incidente foi filmado por celulares. O vídeo está sendo analisado para identificar o culpado. O delegado da cidade e seis policiais foram presos por negligência, além de 30 pessoas ligadas ao ataque.

Blasfêmia - A dura legislação antiblasfêmia vigente no Paquistão foi estabelecida durante a dominação colonial britânica para prevenir choques religiosos, mas nos anos 80 uma série de reformas comandadas pelo ditador Ziaul Haq favoreceu o abuso da lei. Desde então, ocorreram no Paquistão milhares de acusações de blasfêmia, quase sempre a pedido de imãs locais que tentam amedrontar minorias religiosas, especialmente cristãos e ahmadis, vertente do islamismo considerado herético no Paquistão.

O caso que adquiriu mais notoriedade nos últimos anos foi da menina cristã Rimsha Masih. Um tribunal de Islamabad libertou em setembro a menor, que sofre de problemas mentais, ao rejeitar a acusação de que ela teria queimado páginas do Corão.


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