VERGONHA, NÓS DOS DIREITOS HUMANOS VAMOS FICR CALADOS? NÃO, VAMOS MANDAR UMA CARTA À ONU!
Órgão de direitos humanos da ONU elege países 'sem liberdade
Reuters
Mauritânia e Maldivas, que preveem a pena de morte a
cidadãos que renunciam ao Islã, foram na segunda-feira eleitos
vice-presidentes do Conselho de Direitos Humanos da Organização das
Nações Unidas em 2013.
A Polônia foi escolhida para presidir o conselho no próximo ano, com o
Equador e a Suíça indicados como os outros vice-presidentes do órgão de
47 membros. A Mauritânia e as Maldivas foram eleitas como
representantes dos grupos de conselho regionais.
No início desta segunda-feira, os registros de direitos humanos da
Mauritânia e das Maldivas, onde um presidente eleito e ex-prisioneiro
político foi derrubado no começo do ano no que ele diz ser um golpe da
linha dura, foram criticados por um órgão mundial de livre expressão.
Em um relatório detalhando a perseguição e a discriminação
enfrentadas pelos ateus e humanistas no mundo, a União Ética e Humanista
Internacional (IHEU, na sigla em inglês) disse que ambos os países
impõem o Islã como a única religião do Estado.
A Mauritânia, dizia o relatório, criminaliza a apostasia, ou a
renúncia da religião oficial por outra ou por uma filosofia que não
reconheça a existência da deidade.
Quem for culpado do crime tem a chance de se arrepender dentro de
três dias, segundo o relatório. Se isso não acontecer, o acusado é
sentenciado à morte e sua propriedade é confiscada pelo Estado.
O relatório, que foi elogiado pelo investigador especial da ONU sobre
a liberdade de religião e crença, Heiner Bielefeldt, diz que nas
Maldivas "a Constituição e outras leis não permitem a liberdade de
religião ou crença".
O documento registrou dois casos em 2010 em que habitantes das
Maldivas que declararam publicamente que não poderiam acreditar no Islã
ou em qualquer religião foram avisados de que poderiam ser sentenciados à
morte se não mudassem de opinião.
Um deles declarou, depois de uma educação especial, que aceitava o
Islã, e o outro cometeu suicídio depois de escrever um bilhete dizendo
que tinha sido tolo por revelar sua postura sobre a religião a colegas
de trabalho, dizia o relatório.
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