O Conselho
Estadual dos Direitos Humanos – CEDHPB, será instado pelo Conselheiro Marinho
Mendes Machado, na sua próxima reunião, para que cobre do Governo do Estado da
Paraíba, que no dia 1º do mês de novembro do ano de 2012, fez publicar no Diário
Oficial do Estado, a instituição da Comissão
da Verdade e da Preservação da Memória do Estado da Paraíba, visando
investigar, por todos os meios de prova em direito admitidos, os crimes de
violação de direitos humanos praticados por agente públicos contra paraibanos
que se encontravam dentro ou fora do Estado durante o regime militar, a
instalação da referida comissão.
A
Comissão da Verdade e da Preservação da
Memória do Estado da Paraíba deveria ter sido instalada até o dia 30 do mês
de novembro do ano de 2012, mas o compromisso assumido pelo governo passou “in albis” e a comissão não foi
instalada até o momento atual contemporâneo, com sérios prejuízos para os
direitos humanos no Estado, como ocorreu durante todo o decorrer do ano de
2012, que não foi um bom ano para os Direitos Humanos no Estado.
A
Comissão da Verdade e da Preservação da
Memória, a exemplo da Comissão da Verdade nacional, deve ser composta por
sete membros escolhidos pelo Governador do Estado, os quais devem ser
imparciais na busca da verdade e que sejam de preferências naturais da Paraíba.
A Comissão da Verdade e da Preservação da
Memória tem por finalidade investigar as circunstâncias em que deram as torturas, prisões, suspensões de estudantes das universidades,
intervenção em sindicatos e demissão de servidores e trabalhadores na época,
sem que fosse garantido o direito de defesa ou contraditório.
O objetivo é a reconstrução real da
história dos casos graves de violação dos direitos humanos, a preservação da
memória do povo paraibano e a contribuição para a Comissão nacional da Verdade,
além de buscar esclarecer casos graves de atentados, de desaparecimentos após o
golpe militar de 1964, como o assassinato e desaparecimento de Nego Fuba, Pedro
Fazendeiro, das Ligas Camponesas de Sapé, que são considerados os dois
primeiros desaparecidos políticos no Estado
A Comissão da Verdade e da Preservação da Memória ainda investigará a
perseguição a 29 estudantes paraibanos que foram proibidos de voltar para a
universidade e que eram proibidos de realizarem concursos públicos, uma vez que
o Serviço de Inteligência (SNI) da época tinha suas fichas e detectava suas
inscrições, indeferindo-as.
Em outros estados as comissões da
verdade estão em pleno vapor e aqui na Paraíba, mais uma vez, estamos muito
atrasados, já que sequer a comissão foi formada com a escolha dos seus membros
e sua devida instalação, inclusive com redação do seu regimento interno pelos
membros a serem escolhidos.
Mas não é só a Comissão da Verdade
que não foi instalada, a Comissão da Tortura só o foi por iniciativa dos seus
membros, uma vez que o presidente nato, que é o Secretário de Administração
Penitenciária também não se interessou pela instalação da comissão de tortura,
o que gerou a iniciativa dos seus membros em instalarem ainda que de forma
precária, mas neste caso, onde os membros não foram escolhidos, se torna
impossível tomar uma iniciativa á revelia do governo que retarda atos de apoio
aos Direitos Humanos no Estado e torna mais distante a criação do MEMORIAL DA DEMOCRACIA DA PARAÍBA, que
é o grande desiderato da comissão da verdade por ele criada por meio de
decreto.
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