Promotoria pede prisão de PM´s envolvidos em crime em Campina
Os 18 policiais militares que direta ou indiretamente participaram da operação que resultou na morte do técnico em monitoramento Thiago Moreira de Araújo, 27, em cinco de agosto passado, no bairro de Monte Castelo, em Campina Grande, podem ter a prisão preventiva decretada. Pedido neste sentido, inclusive, com a baixa dos autos à Delegacia de Homicídios para novas diligências, foi apresentado nessa quarta-feira, 24, pelo promotor de Justiça Sócrates da Costa Agra (foto) ao juiz Vandemberg Rocha Freitas, da 4ª Vara Criminal.
“Pedimos que todos sejam indiciados, porque participaram direta ou indiretamente, agindo ou permitindo a tortura. O pedido de prisão preventiva se deve ao fato de testemunhas estarem sendo ameaçadas, e precisamos assegurar a proteção das mesmas”, disse o representante do Ministério Público.
“Os autos registram um policiamento voltado para o crime e não para proteger a vida do cidadão, em uma conduta totalmente desnecessária e que poderia ter sido evitada”, afirmou em seu despacho o promotor Sócrates da Costa Agra.
O inquérito agora deve retornar para a delegacia de homicídios de Campina Grande e a delegada Cassandra Duarte terá 30 dias para analisar o requerimento. Durante as investigações iniciais, ele indicou seis policiais militares, por prática de tortura seguida de morte.
De acordo com depoimento da esposa de Thiago Moreira, ele estaria enfrentando uma crise de abstinência de drogas e acabou invadindo a casa de um policial, que fica a menos de 30 metros da sua residência, onde fora espancado até à morte, segundo a Policia Civil.
Na versão apresentada, à época, pelo comando do 2º Batalhão da Polícia Militar, o policial e a esposa que tiveram a casa supostamente invadida acabaram sendo agredidos por Tiago. Eles solicitaram reforço policial para conter o rapaz.
Entre as diligências solicitadas por Sócrates Agra se destaca um procedimento de reconhecimento dos policiais a ser feito por duas testemunhas-chaves do crime.
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